Livros e chuva.

Eu certamente não estava num dia especial. Pra mim dias especiais envolvem, encontros, sorrisos e risos. Não que isso não tivesse acontecido, mas não era um dia especial. 

Oficialmente, não era. 

Uma amiga havia me emprestado um livro que -segundo ela carregada de certeza- era a minha cara.  Não sei bem como são livros a minha cara, mas me dispus a ler.

Quando recebi, contorci os olhos e fiz cara de quem diz "taquepariuviu". Era de uma escritora que peguei birra por ser a leitura de alguém que me era difícil digerir.
Mas se tem uma coisa que sou é determinada, e se comecei vou até o fim - tenho necessidade de esgotar todas as chances, todas as possibilidades, mesmo no martírio, ao contrário me soa como covardia.

Gostei das primeiras páginas, criei certo nojo das seguintes, e em 3 dias (Úteis, sem feriado e com mil afazeres. Ou seja, sem tempo pra perder) - cheguei a tal página 159, ou apenas ao fim.  

E numa manhã chuvosa, num ônibus indo pra casa, ao fechar o livro, cheguei a conclusão que determinados livros merecem uma chance de se (re)apresentar, que a chuva lava e leva toda poeira, e que determinação ao final te surpreende.

Isso é sobre livros e chuvas. Ou sobre a vida. Vai saber. Metáforas. 

No final, achei que daria uma boa crônica.