Navegar
Você vai. E vai! Somente, entende?
Você rema, espera bons ventos.
Vem tempestades, sol escancarado em escandalosos céus azuis, noites estreladas e manhãs turbulentas.
E tem quem passeia com maestria pelo mar das quatros estações e quem emperra na praia.
O complexo das ideias, a viagem pessoal que levam, são bussolas, que só servem de rota, a si mesmo. Pois os mapas tem na prática a definição que trago de Destino. Apenas coisas que já estavam predestinadas a acontecer. Rotas.
Bons marinheiros são aqueles que da tempestade, extraíram o máximo da feiura da escuridão, para o raiar encantador da manhã ensolarada.
O mar tem me encantado, talvez porque como boa marinheira em alto mar, aprendi a transformar náuseas, em energético da alma. E admirar, quem não teme em entrar em alto mar.
A utopia de jogar a ancora, e encostar o barco em um porto, para fixar em terra firme, me persegue, mas como boa marinheira, sei que não se fixa barco vivo em porto algum.
Depois de uma tempestade caótica, a passagem de simples marinheiro, a um bom capitão, é a sensação, de que o barco, não vira com qualquer chuvinha. E a regra é clara: Depois da chuva, vem o sol.
E realmente vem.
Que os céus fechados, não apaguem de nossa memória, a maestria que temos em navegar. Que saibamos olhar nossa bussola sagrada, e que a doçura dos dias bons permaneçam até nos dias nublados.
Que nos recordamos das tempestades mais decisivas de nossas vidas, que passamos com todos os balanços e carregamos como medalhas de honra ao mérito da vida.
Que os dias ensolarados não nos roube a força que conseguimos em dias de mar agitado. Principalmente, que jamais esqueçamos a força que o mar agitado nos trouxe.
Dias ensolarados sem bussolas, costumam ser como sereias, capazes de afundar embarcações.
Que não nos esqueceçamos, que bom marinheiro, só se faz, ao navegar.
[Ouvindo Fifth Harmony - Stronger]
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