Levemente. Leve, mente.

14:22 Renata Kawane 0 Comments


                  [Ouvindo quase que um mantra, ali]

Fixou seus olhos no email, e não sentiu vontade de dizer uma só palavra. Seus dedos correrão das teclas. Eles não queriam dizer nada.
Ela nunca havia sentido. Havia se apaixonado pelo silêncio.

Segredo, mistério. A vida sob holofotes tinha muitos contras.
Ninguém precisava saber. Ela precisava viver.
No fundo ela cansou de se expor. Ou foi naquele momento que ela se expôs?

Ela sorria.

Talvez tivesse descoberto a cura para inveja, olho gordo e mal olhado. Uma coisa era certo e ela aprendeu, se você espalha aos sete ventos, crau! Dá errado.
O mal tem sono leve, mas ela acreditava que ele nem dormia. Para ela, o mal faz plantão para devorar a alegria.

Lá estava ela rascunhando sobre silêncio, porque no fundo ela sempre foi tagarela demais. Mas sabia, que do silêncio depende o sucesso dos esconderijos.

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